9/15/2006

A mão

Vai jovem na rua contente.
Vai jovem na rua cantarolando,
e vai sozinha.
Está de noite, está um céu escurinho, e existem umas luzitas verdes que não iluminam nada de nada.
Nessa rua há um Homem. Há um Homem concerteza.
É um homem velhito, bom aspecto, e voz trémula.
Pés protegidos, cabeça pequena, coração grande.
Não era de modo algum um desbocado.
Não era de modo algum um ordinarão.
Era um homem com um grande coração.
Transbordava paternalismo.
"Não vá por aí menina... a rua é escura, E nunca se sabe onde anda a mão de Deus".